familia melo
Fala ai galera... Esse é o nosso primeiro post no BLOG da Família Melo!!! Aqui vc vai encontrar muintas fotos de toda a família.Fotos engraçadas e que marcaram nossas vidas !!!!!!!! E é claro que ninguém vai escapar da nossa mira...afinal família agente não escolhe...ninguém mandou vc nascer na família MELO!!!!!!!!!!!! huiahaiuahaiuahiuhaiuahiu...:):):):):):):):):):):):):):):):):):):) AHHHHH......e não pense vc que pq não é da família MELO escapará.....fez ou faz parte da vida de qualquer um de nós....estará aqui!!!!!!!!!!! Esperamos que gostem...ou não!!!!Afinal.....ninguém merece!!!!!!!!!:)

arvoré genealógica da familia melo




 HISTÓRIA DA FAMÍLIA MELO
                                                                                      
 
Tudo começou no século XIX, ano de 1823, quando um português de nome Luís Soares de Melo, vindo de Pirpirituba/Pb, chegou à região do sítio Lagêdo, município de Alagoa Nova/Pb acompanhado de sua esposa, uma índia de nome Inácia, conhecida por "Didinha" (nome indígena). Os mesmos estavam recém-casados e pretendiam começar a vida neste lugar visto que o Sr. Luís a tinha roubado da tribo e tentava se refugiar num lugar de difícil acesso.
Chegando aqui, comprou toda a área do sítio Lagêdo, que na época era coberta por mata nativa, e construiu uma casa de tijolos onde foi morar com sua esposa.
Dois anos depois (1825) nasceu Izabel, primeira filha de uma família numerosa: Inocêncio, Cândida, Anita, Lauriana, Rita, Joana, Pulquério, Francisco, Pedro, José, Antônio e Maria da Conceição, a caçula.
Luís era um homem instruído, sabia ler, era católico e foi ele mesmo o professor e catequista de seus filhos.
Maria da Conceição casou muito jovem, aos quinze anos, e de acordo com a tradição só conheceu o noivo no dia do casamento. Naquela época, em tempos de ameaça de guerra, os pais temendo que o filho do sexo masculino fosse recrutado, faziam casamentos arranjados, já que homens casados eram dispensados.
Conceição também teve muitos filhos, era muito católica e tinha o ofício de ensinar a todos da comunidade a doutrina cristã. Perdeu a visão e não deixou seu ofício. Morreu em 1940 com mais de 90 anos.
Mãe Didinha teve muitas dificuldades para se acostumar distante da sua tribo e vez por outra se escondia na mata, onde ia chorar de saudades passando lá muitas horas. 
Segundo Severina Raquel, Luis e Inácia foram seu bisavôs paterno e tataravôs materno. De acordo com a relatora, a mãe de sua mãe (Santina) conhecida por Mãe Santa, era filha de Joana, que era filha de Mãe Didinha. Ainda hoje ela lembra das histórias contadas por sua avó, das dificuldades, da pobreza e dos problemas enfrentados.
A família foi crescendo, casando-se e formando novas famílias. Inocêncio foi pai de Luís Faustino de Melo (Pai Lulu) e Francisco foi o pai de José Luíz de Melo, meu pai, afirma Severina Raquel.
Joana (Mãe Joana) casou-se com um pernambucano de nome Joaquim e ficaram morando no sítio do sogro. Tiveram uma filha de nome Santina (minha avó)
Nesta época, entre 1864 e 1870, começou a guerra do Paraguai e o Brasil como aliado da Argentina e do Uruguai mandava tropas pra lá. Recrutavam homens que seguiam para o Paraguai sem nenhuma esperança de retorno. Assim partiu Joaquim deixando a família em desespero. Primeiro seguiram para "Paraíba" (Capital da Paraíba, hoje João Pessoa) e de lá, embarcariam de navio com destino a guerra.
Joana, no seu desespero, combinou com uma amiga que iam ver a partida dos esposos na Capital, e assim seguiram com destino a João Pessoa, mas precisamente para Cabedelo. Caminharam a pé durante oito dias e chegando lá ficaram hospedadas na casa de uma amiga, tentando uma oportunidade para falar com os esposos. Pernoitaram várias vezes em frente ao quartel sem resultado. Foi então que foram orientadas a falar com o Presidente da Província, na época o Sr. Francisco de Araújo Lima, e expor a situação. Esta seria a única possibilidade de conseguirem um resultado positivo.
Assim fizeram. Chegando ao palácio não houve êxito na tentativa mas Joana conseguiu chegar até a Primeira Dama e ajoelhou-se aos pés dela chorando com a filha nos braços e expôs seu problema. A Primeira Dama disse que ela voltasse para casa e esperasse. Joana voltou com um pouco de esperança e ficou ansiosa aguardando o resultado.
Joaquim foi liberado no dia seguinte e foi ao encontro de sua esposa. Voltaram para casa e recomeçaram a vida.
Esse foi apenas um episódio entre os vários fatos ocorridos e resgatados pela memória da família. Somos hoje descendentes desses bravos lutadores que muito sofreram. Foram pessoas simples e honestas e fundaram uma grande geração. A FAMÍLIA MELO.
É grande a impressão de que nos aproximamos de nossos ancestrais quando vamos obtendo informações sobre cada um deles. A sensação que fica é de que eles gostam disso, como qualquer ser humano gostaria que seus filhos, netos, bisnetos e trinetos não o esquecessem. Seria esta uma forma de trazê-los de volta ao convívio de sua família.
Infelizes as famílias que não tem histórias. Não ter história é quase não ter nome: é quase não ter pátria. Se o indivíduo cresce sem ligação com o passado é como se estivesse nascido sem olhos e sem ouvidos. É um mutilado.
Felizes as famílias que tem histórias porque lhes é dado o júbilo de às recordar.  A história constitui a fonte fecunda, inesgotável e profunda de nossas energias morais, pois a cada passo que damos sentimos o rastro da nossa própria imortalidade. O que é a nossa vida, senão a história que começa? O que é a história senão a vida que continua? A história de nossa família, de nossa gente, de nossa casa está conosco. É um elo entre o passado, o presente e o futuro que servirá de base aos portadores dos nossos nomes quando nos chegar a hora de repousar ao lado daqueles.
É relembrando o passado que valorizamos o presente e planejamos o futuro.
Essa história não termina aqui, continuará a ser reescrita por cada um que ainda aqui se faz presente e será eternizada com o passar dos séculos...
Historiada por: Severina Raquel de Melo
    Escrita por: Ivanilde Maria de Oliveira.
                                            Janeiro/2009